Nos aproximamos e, valentemente, atravessamos a soleira da porta. Lá dentro, sentado no divã, no outro lado do quarto, estava Meher Baba, com os olhos radiantes, vestido com uma túnica branca, os cabelos escuros e longos, caídos nos ombros, de um jeito encantador. Ele sorriu e acenou para que chegássemos mais perto.
Para minha mãe, este primeiro vislumbre foi a realização de um sonho, que ela sempre procurou obter. Ela ficou convencida, instantaneamente, que Meher Baba era Deus encarnado. Em suas próprias palavras, Ele era "O Ser mais bonito que já pisou na face da terra". Ela continou a derramar lágrimas, incontrolávelmente.
Estavámos no quarto, por apenas um momento, quando os dedos Dele começaram a voar sobre as letras pintadas na tábua do alfabeto que Ele usava para se comunicar. (Meher Baba mantinha silêncio desde 1925 e, na época desta estória, se comunicava através do uso desta tábua, que um discípulo interpretava). Baba disse, "Voçês duas vem me acompanhando por tempos imemoriáveis."
Baba fez um sinal para que minha mãe se sentasse ao lado dele e, logo, parecia que Ele a ajudou a parar de chorar. Ele "falava" com ela quando, de repente, olhou para mim e Seu olhar penetrante encontrou meus olhos. "Inocente!" disse Ele. Num instante, todas as minhas barreiras foram dissolvidas e todas as minhas defesas e dúvidas se despedaçaram. Eu me senti envolvida por um Amor tão irresistível, que eu mal podia sustentá-lo. E, para meu horror, eu, também, acabei me debulhando em lágrimas. Rios inteiros escorriam no meu rosto e me senti como se todo o meu ser fosse uma enorme poça de lágrimas.
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